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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Por detras de um palhaco que ri, ha sempre um palhaco que chora"

Por isso pergunto-me...que obcessao e esta em estarmos sempre bem? :)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A fundo da Gruta


Sinto-me como se dentro de mim mesma...
Tenho vontade de me revirar toda para dentro, esconder-me bem la no fundo e nao deixar que ninguem me olhe...
As vezes sinto esta vergonha.
Esta vergonha vem sempre que o meu lado menos feliz salta para fora e me consome...
Digo as palavras que nao quero dizer, ajo de forma cruel, magoou quem amo...
E logo de seguida nao compreendo a razao de o ter feito.
E nessa altura so me apetece correr... correr para bem longe... correr para o fundo, para aquele sitio do outro lado da gruta onde ninguem nunca foi, onde ninguem jamais me encontrara. O lado escondido do meu coracao... O lado onde tantas vezes me guardei no silencio, na meditacao da minha pulsacao... Onde me libertei sem ninguem saber.

Hoje estou escondida ca dentro. Ninguem me ve... Ninguem me toca... Ninguem sabe de mim.

Estou a fugir... A fugir do meu lado escuro, aquele que magoa quem amo...
E sinto-me sozinha.
Mas protegida.



Desculpa... (even if this Word lost it's meaning)*

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tenho começado a pensar na importancia de terminarmos a vida junta de alguem tao importante como aquela com a qual iniciamos a vida, a nossa mae.
Alguem com quem sintamos um laço tao forte, tão inquebrável, tão seguro como o da nossa mãe.

Tenho começado a perceber que não saberei viver sem o laço que tenho com a minha mãe... E que uma mãe deverá estar sempre presente conosco... No dia que nascemos, no dia em que vamos embora... De uma forma ou de outra.

* Estava a ouvir esta musica quando pensei nisso...

http://www.youtube.com/watch?v=avGAe9EVkjc

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Terra vs. Céu

Um coracao sao dois lados iguais… dois lados paralelos, dois lados identicos, dois lados…um lado sera sempre o espelho do outro. Ao olharem um para o outro, estes dois lados nao veem nada senao uma outra parte igual. Outra parte que os complementa.



Conheco uma Aguia de coracao grande...

Ultimamente a felicidade tem vindo ate Ela de uma forma incrivel... uma felicidade inteira, verdadeira, cheia de coisas boas... Uma felicidade diferente do que ela teria alguma vez sentido antes. Tao diferente que ela procura-se muitas vezes no meio de todas estas coisas boas...porque sente que mal se encontra no meio delas. Afinal de contas sempre se habituou a percorrer o seu caminho com apenas uns frinchos de luz que a encaminhavam devagarinho...

De repente esta luz inteira e forte fa-la sentir-se um quao fora do sitio, lisonjeada mas timida perante ela...e a vida que ve com uma cor totalmente nova.

A habituacao a esta felicidade veio tambem, em certos dias, com alguma dor...alguma dor que a fez sangrar por dentro.



As vezes Ela ainda se lembra que O deixou do outro lado...do outro lado, sem sequer lhe dar o balanco para Ele tentar voar com Ela. Ela sabia que Ele nao teria alguma vez tamanho suficiente para voar junto dela...sabia que Ele nao iria conseguir alguma vez aguentar o caminho todo sem ter que parar...sem perder o folego.

Distraida, Ela deixou-se voar em frente... apaixonada pela cor daquele Passaro grande e luminoso que via a sua frente. Uma paixao inesquecivel, um aperto no coracao, uma forca nas suas asas... Aquela forca deu-lhe a energia de que ela precisava, ela largou tudo...sem pensar no que ficara para tras. Largou tudo sem se preocupar com Ele, Ele que a tinha tentado acompanhar todo aquele tempo... Desistiu Dele... E voou sozinha... Sempre com o olhar fixo naquele Passaro Azul, que esvoacava pelo ceu... Nunca tinha visto asas tao livres, nunca tinha sentido coracao tao quente... Nunca compreendido o que e Amar algo inteiramente.



Deixei-Te la atras... Para seguir o meu sonho. O sonho de conseguir, tal como o Passaro Azul, voar livre no meu ceu... Voei de Ti para me poder todas as noites encostar ao coracao quente do meu Passaro Azul, o Passaro que voa mesmo ao meu lado...que as vezes voa mais a frente... mas que volta sempre atras para me dar o balanco.



Nao te dei o balanco a Ti... Porque sabia... Sabia que o teu lugar era na terra, e que era na terra que ias encontrar o teu outro lado do coracao. E sempre soube que o meu era no ceu. Sozinha e Junta... Sozinha comigo...Mas sempre inevitavelmente junta ao Passaro Azul. E com as nossas metades de coracao juntas... mas juntas com asas.











Marta Monteiro

6 de Dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Forgiving vs. Forgetting

No outro dia no meio de uma conversa inspiradora com uma grande amiga aqui em NY, veio-me uma frase a cabeca que ambos concordamos fazer sentido...


"Sometimes maybe forgiveness does make sense..."


Dei por mim a pensar bastante sobre este assunto nos dias a seguir...sera que perdoar algo, por mais forte e por mais que nos tenha magoado, fara sentido? Sera que o Perdao existe mesmo?


E agora vem-me a cabeca outra frase...


"Can you truly ever forgive, if you cant forget?"


Hmmm...




domingo, 14 de novembro de 2010

Time after time...

Musiquinha... http://www.youtube.com/watch?v=rLObXLRhVMg

Ás vezes não existe mais nada a fazer senão escrever... Escrever sobre a forma como nos sentimos cá dentro, porque falar já se torna demasiadamente perigoso, porque as palavras cheias da saudade de um tempo que parece não ter fim já saem de forma amarga... Porque a voz já não sabe exactamente que tom usar, que melodia tocar...

O nosso Amor sempre foi 1 amor marcado. Marcado por uma intensidade grande...grande demais, por uma angústia constante da distância que nos separava...que sempre nos separou...e que ainda nos separa. Uma irritação para com o tempo e o espaço... "Porque é que estamos sempre tão longe?"... E principalmente: Porque é que estar longe já se tornou num espaço tão demasiadamente confortável, porque é que o receio de errarmos, o receio de admitirmos que precisamos sim um do outro, se tornou já tão forte?

Recentemente decidimos reatar as nossas mãos e juntos, e mais fortes que nunca, combater decididamente contra este tempo...este "Time after Time...", derrubarmos o tempo que nos separa, deixarmo-nos entregar, deixar o medo ir embora. Simplesmente darmos as mãos de uma vez por todas e pararmos de tentar ser pessoas que não somos um perante o outro. Pararmos de tentar mostrar que não precisamos nada um do outro...

Sabia que não iria ser tudo um mar de rosas, sabia que eventualmente as coisas que ficaram por resolver do passado iriam voltar para nos assombrar, porque na verdade talvez hajam realmente coisas que nunca ficam realmente resolvidas, porque talvez haja demasiadamente "pouca" paciencia entre um casal que sofreu tanto de separaçã0 e tempo e espaço como nós sofremos, para resolver pequenos pormenores (que acabam sendo tão grandes)...

Apetece-me dizer-te hoje mais que nunca... Que preciso de ti. E que já não tenho vergonha alguma de te dizer isto. Meto agora as mãos nas tuas, deixo o medo de me magoar de fora e digo-te...Preciso de ti, e quero precisar de ti. Quero que sejas o meu protector, quero que tomes conta de mim durante toda a minha vida... Quero ser também a tua maior protectora, quero poder também amar-te todas as manhãs, mimar-te todas as noites... Quero que tratemos um do outro.

Time after time...time after time...time after time... Tempo tempo tempo tempo...

Esse tempo está quase a chegar a um fim. E apesar da percentagem 100% pesar...digo-te que está nas nossas mãos chegar aos 100%. E a mim nunca me fará qualquer sentido amar alguem se não tiver 100% certa de que é isso que quero.

Quero-te mostrar quem sou... Quero que me mostres quem és (sem receios...).
Quero que caminhemos juntos de mãos dadas em direcção a este caminho maior que nos apareceu a frente, a esta segunda oportunidade que a Vida nos deu.

Vamos em frente...*

PS: Ninguém disse que so era apenas preciso comprar o bilhete da viagem para estarmos juntos... O caminho é mais complexo que isso... Ainda falta entrar no avião, meter os motores a funcionar, voar entre nuvens...umas brancas outras negras...e aterrar em segurança perto 1 do outro.
Por mais nuvens negras que possam agora aparecer para nos assombrar em dias de mais saudade, estou aqui. Abre os olhos...olha para o teu lado esquerdo...lembras-te? :) I was always there. On the other half of your pillow.

Amo-te... Oficialmente... No meu blog =')

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sobre "finais"...


Hoje e o meu ultimo dia em mais uma experiencia.
Este estagio de dois meses no departamento de Creative Community Outreach na ONU chegou ao fim...
E ja estou ansiosa por comecar o proximo segunda-feira. Talvez por este nao me ter satisfeito o suficiente para dizer que aprendi o que tinha a aprender aqui...

Dei por mim a pensar sobre finais. Finais de tudo... O final do dia, o final de uma musica, o final de um livro, o final de uma historia de amor...o final de uma historia de terror, o final de uma amizade, o final de uma fase ma e o final de uma fase boa.

O autentico finalizar das coisas.

Tenho compreendido como e importante as vezes que as coisas finalizem. Que as coisas cheguem a um fim e que nao sejam sempre infinitas. O infinito faz as coisas ficarem menos brilhantes, menos apeteciveis, demasiadamente comuns... Afinal de contas os fins servem sim para algo.

Servem para termos a certeza de que nada e para sempre, de que devemos preservar e alimentar da melhor forma possivel o amor que trazemos conosco, o emprego maravilhoso que temos neste momento, os amigos especiais que nos iluminam cada dia, o sol, a chuva, o frio e o calor... Apreciar cada coisinha sem estarmos constantemente a queixarmo-nos de tudo...A tentar meter tudo demasiadamente a prova. A tentar fazer com que tudo seja demasiadamente perfeito... quando na verdade so estamos a conseguir com que se torne demasiadamente pesado.

Simplesmente entregarmo-nos a autenticidade das coisas. Sabendo que corremos sempre o risco do final chegar no segundo a seguir...mas que neste preciso segundo, nos sabe tao bem ter isto, aquilo, estes e aqueles...aqui conosco!

Cada dia que vai passando sinto mais esta beleza de um final. A beleza de que o final existe para nos iluminar...nos obrigar a aproveitar o presente, a valorizar todas as coisas boas que temos em nosso torno.

Sabe tao bem este sentimento de Paz ca dentro*

Musiquinha: http://www.youtube.com/watch?v=pPITNAzXDwM&feature=related

terça-feira, 9 de novembro de 2010

"So come with me, where dreams are born, and time is never planned.
Just think of happy things, and your heart will fly on wings, forever"

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Alma do Amor

Musica: http://www.youtube.com/watch?v=0dPS-EHl-FE

A primeira vez que vi esta imagem, pensei...
Pensei no significado verdadeiro que as pessoas tem na nossa vida.
Nao somos muito mais que um corpo? Nao somos as almas que trazemos ca dentro?
Esta imagem reflecte isso de uma forma que nunca antes tinha compreendido tao bem. Esta imagem e a prova viva de que duas pessoas se amam eternamento pelo aquilo que significam na vida uma da outra, e nunca jamais em qualquer tempo por aquilo que aparentam ser por fora.
Nesta imagem vejo uma luz linda entre estas duas pessoas, um amor sincero, uma saudade sufocante, um receio enorme de se perderem. Esta imagem transmite o Amor verdadeiro, o Amor autentico, o Amor adulto de duas pessoas que sao mais felizes juntas que separadas.

Estas duas pessoas podiam ser um irmao e uma irma, um marido e uma mulher, um amigo e uma amiga... Nao importa.
Nesta imagem sente-se o quao verdadeiro pode ser Amar.

Um dia vou tirar uma fotografia igualzinha... in some years time =) *

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

10 do 10 de 2010

É incrivel a quantidade de felicidade que se pode sentir num dia só.

O dia do meu 25º aniversário foi sem dúvida um desses dias! Em que nos sentimos realmente felizes, realmente acompanhados por toda a gente que amamos (mesmo os que estao do outro lado do Mundo). Foi assim que me senti! Feliz, completa, cheia de amor à volta e com momentos e pessoas que me fizeram sentir tao especial.
Tenho a certeza agora do que sempre desconfiei: às vezes, apenas após passarmos por momentos realmente tristes na vida, dias dolorosos, fases tristes que parecem nunca mais terminar... Depois de ultrapassarmos tempestades de vida destas é que muitas vezes compreendemos o que é sentirmo-nos felizes, o que é que realmente nos faz falta na vida, e a sorte que temos quando tudo nos vai bem, quando temos quem amamos em Paz à nossa volta, quando fazemos amigos novos que nos enxem ainda mais a alma com novidades e alegria, quando compreendemos quem amamos de verdade, quem queremos que faça parte da nossa vida eternamente, quando sentimos na pele o amor que sentimos pela nossa familia e por aqueles que tiveram na nossa vida desde o 1º dia que viemos ao Mundo.
No meu dia de anos, 10 de Outubro de 2010... 10 do 10 de 2010, senti-me provavelmente mais completa e bem comigo mesma do que em qualquer outra data da minha vida.
Uma mulher crescida, de cabeça erguida, confiante de que consigo agora ver o caminho para a frente sem nuvens que me voltarão a derrubar de forma tão intensa como as que já passaram porque eu própria tenho agora as minhas armas. Vejo agora com clareza os óbstáculos, consigo agora compreender o meu caminho, sentir-me confiante.

Numa cidade linda, com pessoas extravagantes e com as quais me identifico, num outuno maravilhoso em que as folhas nas árvores começam a pintar a cidade de amarelo e laranja, com o coração cheio... E um sorriso na cara que parecia já ter saudades de cá estar. Neste dia sorri por todos os outros em que as lágrimas foram mais fortes... O meu sorriso ganhou a guerra :)
Obrigada a cada um de vocês. Foi assim que passei o meu 25º Aniversário... É assim que irei passar o resto da minha vida, porque chega a uma altura em que dizemos...BASTA... Basta de me sentir triste.
A minha vida começa agora.
Com um sorriso, com amor, com
esperança, e principalmente ... com Certeza.


Ontem no metro observei um senhor com um sorriso inagualável na cara sentado com a sua guitarra a tocar e cantar de olhos fechados uma música... E nesse momento descobri a nova banda sonora da minha vida =) "It's gonna be a bright, bright, Sunshiny Day..."

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

“... You fight for it, strive for it, insist upon it, and sometimes even travel around the world looking for it. You have to participate relentlessly in the manifestations of your own blessings. And once you have achieved a state of happiness, you must never become lax about maintaining it. You must make a mighty effort to keep swimming upward into that happiness forever, to stay afloat on top of it.”

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

“Somehow, women being able to help other women helps them
to feel powerful.”

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

“I start by being honest with myself. And I always expect the people in my life to help out with that. If I’m not seeing something clearly, I want them to tell me.”

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010


Faltam apenas pouco mais de 24 horas para partir para aquela que será a realização de um sonho antigo... Viver e trabalhar em Nova Iorque :)

Quem diria? Se me disessem hà uns tempos que isto iria ser assim não acreditaria por completo...Mas sempre soube que eventualmente este dia chegaria. Foi algo para o qual investi muito, procurei muito na net, durante anos a fio sempre atenta a oportunidades que pudessem surgir na cidade que nunca dorme. Sempre senti uma certa curiosidade em viver lá... Viver a cidade onde me senti tão viva das vezes que lá estive. Onde as pessoas são todas diferentes, onde a mudança é constante, onde as luzes fazem a cidade parecer estar em festa 24 sobre 24 horas...

Ansiosa por aterrar no sítio que será a minha casa nos próximos 3 meses... se não forem mais.


Sinto-me preenchida e feliz. Claro que triste por deixar as pessoas que amo para trás... Na verdade queria que fossem todos comigo.

Vai ser estranho ir nesta aventura sozinha... e espero que seja menos díficil do que estou à espera que seja. Porque mesmo estando na cidade mais cosmopolita do Mundo e a viver aquilo que sempre quis, sei que vai ser dificil e que inevitavelmente irei crescer muito estes meses.

Estou ansiiosa para saber como é a minha chefe, as pessoas com quem vou trabalhar, o trabalho que vou desenvolver... e quero tanto que tudo corra bem! Quero tanto que este seja um ponto definitivo de um novo ínicio na minha motivação profissional... que me volte a encontrar no trabalho!


... :) suspiro...

Está QUASE.......


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

E afinal tudo acaba por fazer sentido...
E afinal ter-te longe foi ter-te definitivamenet mais perto...
E afinal o meu instinto e coração tinham razão :) ...

E afinal, sinto-me agora sim... a pessoa mais Feliz do Universo.

E agradeço isso ao Universo, à vida, ao sítio maravilhoso onde vivemos... Onde viver feliz depende apenas da energia que enviamos para fora, e do quão acreditamos e lutamos.

Obrigada vida...
Espero nao acordar*

quinta-feira, 2 de setembro de 2010


terça-feira, 31 de agosto de 2010

"I Do"

A viagem a Marrocos foi muito boa. Apesar de ter ficado num hotel 5 * com a minha Mãe que queria ir descansar totalmente sem se preocupar com mais nada, o meu lado curioso e cada vez mais desenvolvido a nivel de "querer saber mais sobre culturas diferentes" falou mais alto e ainda consegui perceber muita coisa da vida Marroquina, dos costumes, do nível de vida que lá se vive, da religião, do Ramadão (umas das coisas mais curiosas que lá fiquei a perceber melhor) entre outras coisas.

Quem disse que é mau estar-se 7 dias num hotel onde temos tudo incluido, imensa animação, pessoas divertidas e bem dispostas? :) Claro que também sabe bem, uma vez por ano! Mas também sabe bem ir à descoberta... e um dia quero voltar a Marrocos com amigos, de carro! E descobrir ainda mais sobre o País e a cultura.



Vi-me agora confrontada com uma noticia que me fez um bocadinho de confusão... A minha mãe chama-me e diz-me que a minha melhor amiga de infância, com quem hoje em dia já nem falo porque nos afastámos com os anos, se casou! Casada com 24 anos, fotografias do casamento lindas, super feliz ao lado do homem da sua vida... Suspirei :)... Um suspiro um quão estranho. Também eu sonho tanto nesse dia, no dia em que direi "I Do" (em português em principio :P ) ao Homem que será o meu companheiro para a vida. O que todos os dias irá acordar do meu lado e a quem poderei repetir vezes sem conta "I Do" para o resto da vida :)



É bonito ver-se que agora as pessoas voltam a casar-se mais cedo.... Isso deixou de ser assim por uns tempos, mas tenho apreciado muitos jovens a voltarem-se a casar cedo, a assumirem uma relação e um compromisso, a acreditarem que é sim possivel passar a vida toda do lado daquele companheiro de viagem com quem nos sentimos bem, com quem vale a pena ultrapassar óbstáculos (porque esses, existem sempre).



Fico por um lado mesmo feliz... :) Feliz e com esperança! De ver que afinal existem pessoas que talvez sintam da mesma forma que eu: que é bonito ter-se uma relação estável, viver com alguém... não presos, mas sim em sintonia, de mãos dadas. É bonito.



Claro que o meu "other side" fica preocupada e triste por sentir que de momento estou tão longe desse dia... Infelizmente. E faz pensar. Faz pensar... No amor, no sentido que as pessoas dão às suas vidas, nas escolhas que fazem, no medo que sentem as vezes em acentar junto de alguém que as ama e que elas proprias amam também.

Para quê o medo do compromisso?

Se é algo que nos leva a um estado tão bonito de felicidade e preenchimento.

É um dos complementos mais bonitos para o nosso bem estar e equilibrio pessoal (que acredito e defendo plenamente que deve vir de dentro, de estarmos bem conosco mesmos antes de conseguirmos estar bem com alguém). Mas mesmo assim vejo tantos amigos/as minhas dizerem "Casar? credo! Não tão cedo!" ... :) Isso faz-me pensar. E ás vezes faz-me sentir uma alien.

Anseio o dia em que irei dizer "I Do" ao homem que será meu irmão, meu amigo, meu companheiro de vida.


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010



Parto amanhã para Marrocos...
Estou com esperança que me mate um pouco de saudades da minha Índia! Que me volte a passar pelo nariz o cheiro daquelas especiarias que na altura já me enjoavam mas que de alguma forma me aqueciam o coração, das mãos dos vendedores nos mercados marcadas por uma vida mas ao observar me perdia a imaginar as suas histórias...o que teriam para me contar, dos olhares daquela gente simples que tenta através de um sorriso obter algo mais de um turista, sem maldade, apenas vendo em nós uma esperança, uma luz.
Amanhã irei partir num avião para um local totalmente diferente deste... e isso fascina-me. ´Ter a sorte de poder ter possibilidades de me deslocar a um outro país, uma outra realiadade... e tantas vezes somos egoistas, viajamos apenas por prazer próprio, sem sequer pararmos para observar a população em torno, sem sequer tentar compreender os seus gostos... e analisar os seus rostos :)
Hoje sinto-me um quão em Paz... Um quão resolvida... Hoje comecei e "perceber".

Um abraço a cada um que me segue...que apesar de nao serem muitos, são do coração *
"O Mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página"
Agostinho de Hipone

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Concretização.

Música: Jack Johnson - Better Together :) (Obrigada Valério :) )





Estou de momento a ter uma sensação de felicidade...e para este blog nao serem apenas lamúrias e relatos tristes dos momentos tristes que vou tendo ao longo dos meus dias, decidi que existe sempre oportunidade de iniciar uma Mudança. E talvez este momento de felicidade possa mudar o que virá para a frente neste Blog :)





Deitada na minha cama, a petiscar umas bolachinhas de agua e sal


Hoje soube que fui aceite na Residência para a qual me candidatei a ficar em Nova Iorque :) É uma residência exclusiva a mulheres (o que inicialmente me fez alguma confusao), onde irei pagar um preço razoável (tendo em conta que a vida em NY é caríssima) por um quartinho só meu, duas refeições incluidas, roupa da cama lavada e salas de estudo, leitura, televisao, jardins etc etc :)...


Fiquei contente! Posso oficialmente dizer que tenho uma Morada em Nova Iorque.... Bolas.... Posso oficialmente dizer que sim, o meu sonho está de facto a concretizar-se e que tudo à minha volta me está a dizer "Sim Marta, é este o caminho" :)


Sempre soube que este sonho de miuda nao vinha do nada... sempre soube que isto tinha um significado, que em NY iria encontrar um local onde me iria identificar com toda a certeza. Agora ainda nao tenho essa certeza mas estou cada vez mais próxima de descobrir... tenho uma morada em New York City :)

A minha casa (uma destas janelinhas será minha)





Incrivel como a vida nos pode trocar as voltas todas, deixar-nos perplexos com as mudanças que de repente surgem, fazer-nos doer o coraçao, fazer-nos sentir raiva, deixar de acreditar... Mas de repente dar-nos tanta Luz que quase nos ofusca... Que quase nem conseguimos ver o bom que a vida nos está a trazer... :) ... Incrível.

Amanhã parto para o Festival Andanças em São Pedro do Sul, onde irei ser voluntária enquanto cozinheira de comida vegetariana. Irei aprender a cozinhar, mas tambem servir as pessoas, fazer meditaçao, e passar bons momentos com um grupo maravilhoso de seres humanos que tive o prazer de conhecer recentemente ... :)

Acabei agora mesmo de ver um filme muito bom de Woody Allen chamado "Whatever works", e fiquei inspirada, e com uma força boa :)

Sinto-me agora, de repente, um pouco mais alegre.... :) Estou a pressentir uma energia boa a vir até mim... acho que os proximos dias vao ser bons :)

Um abracinho em cada um de vós* E obrigada.... por me lerem :)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A "Música" da Vida

Hoje, em mais uma consulta com a minha psicóloga, falámos de Música.

E sobre a forma como a música me afecta.


De momento estou a ouvir uma música que me veio à cabeça enquanto escrevo este post... Rita RedShoes - Choose Love.

Não consigo explicar bem o que estou a sentir agora... parecem tipo faquinhas a espetarem-se em mim. E estou a resistir e a habituar-me à ideia de que a música nao tem necessariamente de me continuar a assustar e a fazer mal como até hoje fez.


Parece-vos estranho? Sim, é.

A verdade é que desde miuda que sempre adorei cantar, adorei dançar, adorei ouvir música fechada no quarto...até uma certa idade. Talvez quando começei a tomar cosciência das coisas (por volta dos 13). A música passou a ser algo que me deixa bastante revoltada e triste...nostálgica... Começei a associar a música a algo triste e raramente algo feliz. Rara é a música que consigo ouvir sem ficar pensativa ou sem dispertar o meu lado mais magoado, ressentido. Mas...sim! Há certas musicas que me deixam totalmente aos pulos e feliz (Walking on sunshine, por exemplo!), mas nao podemos passar uma vida inteira a ouvir 5 ou 6 musicas e a rejeitar constantemente ou a olhar para o rádio do carro de alguem que nos deu boleia como um bicho assustador.

É que acontece literalmente isto...eu entro no carro de alguem, e se essa pessoa estiver a ouvir musica eu tento arranjar forma dela a baixar, encontrando um tema longuissimo para falar ou entao vou o tempo todo a tentar arranjar formas de nao prestar atencao à musica.

É nestes dias, em que ando mais em baixo e todas estes pensamentos vem à cabeça, como o da Música hoje, que me apercebo que tenho realmente muita coisa do passado que me afecta e marca ainda hoje. E preciso mesmo de arrumar o passado, conseguir resolve-lo na minha cabeça, aceitá-lo, e seguir em frente.

Quando era miuda, a música surgiu como um símbolo de algo violento.

Lembro-me que com medo que os meus pais estivessem a discutir no quarto, ouvia a musica muito baixinho ou metia os desenhos animados no volume minimo para poder socorrer a minha mae caso o meu pai tivesse mais um "ataque...". Na altura parecia-me natural proteger a minha mae, e tentar resolver a relaçao "amorosa" deles. Sempre me vi como a pessoa que está cá para salvar os outros. Salvar os meus pais, para começar.

Associo também a musica aqueles dias de Natal terriveis (que ainda este ultimo 2009 foi igual), em que o meu Pai metia a música a dar aos altos berros durante dias e dias e apenas durante a noite desligava... Dizia ele que tinhamos de aproveitar o Natal para nao ver televisao e ficar apenas a ouvir os CD's e LCD's que nos davam durante o ano. E nao sei porque...talvez por ele ter sido sempre uma pessoa tao violenta, metia aquela porcaria no máximo...dava-lhe prazer ouvir a música a um volume impossivel de aguentar... ou talvez o objectivo dele tenha mesmo sido sempre atormentar-nos...

Sim, aquela musica atormentava-me... Ele atormentava-me...

Cresci no medo durante dias e dias e dias e dias...a ainda poucos dias antes dele falecer em passado Março, senti medo dele.

Alguns de voces poderão pensar "Entao marta, mas agora ja ca nao tens essa pessoa que tanto tormento te causou! Agora aproveita!...Foste aceite para estagiar nas Nações Unidas, em Nova Iorque, vais realizar um dos teus maiores sonhos, vive!" ...

Sim... concordo convosco... Mas.... Percebem?

Habituei-me a viver a vida toda sem poder falar, dizer o que penso sobre A ou B, sem poder levantar a voz, ser quem sou, tomar decisoes por mim, depender de mim... Aprendi sempre a que tenho que me encostar a alguem, preferencialmente superior a mim e junto de quem me sinta inferiorizada, para que tome decisoes por mim.


Pratico meditaçao, sou uma pessoa espiritual, sei que tenho Luz dentro de mim, sei que tenho tanto para dar aos outros e tambem a mim mesma, sei que sou genuina, uma mulher forte que conseguiu, apesar de tudo, ultrapassar um choque muito grande durante uma infancia inteira sem ficar inteiramente louca (só um bocadinho). Sei disso... sei que tenho de ser positiva, aceitar o que já passou, viver para a frente, deixar para trás o que me atormenta.


A verdade é que a minha vida nao foram so memorias tristes... tenho tambem memorias muito felizes, mais recentes, mas felizes. E sim, sem duvida, encontrei uma grande parte da minha felicidade comigo propria, junto de alguem. E essa pessoa conseguiu-me realmente fazer feliz. Ate ao dia em que deixei de aproveitar a felicidade que essa pessoa me transmitia... porque era tao boa que tive medo de a perder. Passei nessa altura a depender dessa felicidade, vivendo-a na verdade através da outra pessoa... passei a depender do que aquela pessoa me transmitia para ser feliz, em vez de aproveitar o quao essa pessoa me demonstrou o quao posso ser feliz por Mim, e aproveitar. Mas...todos erramos, e todos aprendemos tambem.


Estou agora a entrar numa nova fase, e estou confiante que o meu lado mais sensivel e espiritual irá ajudar-me a meter "os pontos nos i's" na minha cabeça. Finalmente aceitar que sim tenho um passado que me pesa, mas que já deixou de existir... e que deverei sim respeitar tudo o que o passado me ensinou, e tirar as liçoes que tenho de tirar de tudo isso, mas seguir agora de cabeça erguida para atravessar o tapete vermelho que a vida me está a colocar diante dos meus pés.

Sozinha, ou de mão dada com alguém... Isso sao apenas pormenores. O que importa é que em qualquer uma das situções eu esteja resolvida comigo, desejosa por me conhecer ainda melhor e fazer por MIM acima de tudo o resto. Gostar de mim, do que sou, acreditar em mim para desta forma poder dar mais aos outros.


Cada vez mais me fascina o poder da mente humana... Com tudo o que tenho passado sinto mesmo que a mente humana é a razao de muito mais coisas do que possamos alguma vez imaginar. Sinto mesmo as oscilacoes da minha cabeça, o bom e o mau... a forma como certas certas coisas me afectam o meu dia, os meus momentos, tudo em meu torno... a minha luz e energia...!


........Consegui aguentar umas belas 4 músicas da Rita Redshoes enquanto escrevi este post :) ...

E ainda por cima musicas romanticas, o que sempre foi ainda mais dificil para mim de ouvir.

Quem saiba a musica nao passe a ser o inverso... nao venha a ser uma terapia para mim :)


Os dias vao passando... os últimos tenho-me sentido novamente bastante em baixo, mas sei que estou a caminhar pelo caminho certo... estou a aprender o que tenho a aprender e tenho apenas de ganhar um pouco mais de determinaçao para tapar este buraco para onde as vezes ainda me esquivo. O conforto da zona triste... Porque habituei-me tanto a viver nela que as vezes quase parece mais confortável.

Rita Redshoes - Blue Bird in a Sunny Day.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sonnet 116 by William Shakespeare

Talvez pelo facto de ter estudado numa escola inglesa, sempre me incentivaram a ler poesia, a dar importância à literatura, como uma ferramenta para um maior auto-conhecimento também.

Shakespeare, uma paixão antiga... Sempre gostei, sempre me perdi de fascínio enquanto decifro as suas palavras.

Hoje deixo aqui o Sonnet 116...
Que me faz tanto sentido.

Let me not to the marriage of true minds
Admit impediments. Love is not love
Which alters when it alteration finds,
Or bends with the remover to remove:
O no! It is an ever-fixed mark
That looks on tempests and is never shaken;
It is the star to every wandering bark,
Whose worth's unknown, although his height be taken.
Love's not Time's fool, though rosy lips and cheeks
Within his bending sickle's compass come:
Love alters not with his brief hours and weeks,
But bears it out even to the edge of doom.
If this be error and upon me proved,
I never writ, nor no man ever loved.
William Shakespeare

domingo, 25 de julho de 2010

"Brilhar para sempre,
brilhar como um farol,
brilhar com brilho eterno,
Gente é para brilhar,
que tudo mais vá para o inferno,
Este é o meu slogan,
e o do sol"

Vladimir Maiakóvski
(um Balança como eu)

domingo, 18 de julho de 2010


"Two roads diverged in a wood, and I -
I took the one less traveled by,
And that made all the difference"


domingo, 4 de julho de 2010

I Will Survive :)

http://www.youtube.com/watch?v=3VOMDAgWbOA Ouçam!

Hoje parto para Milfontes com mais 3 amigos! Sempre me soube tão bem ir para Milfontes, é aquele sitio que por mais memórias que lá tenha, boas e más, continuo a senti-lo como um sítio bom. Por mais namorados com quem já lá tenha passado tempos, por mais memórias, por mais bebedeiras, risotas, mergulhos, sorrisos, lágrimas, continua a ser o meu sítio...O sítio onde me sinto tão bem :)

Sinto agora finalmente, que afinal também a MARTA existe. A Marta,sem ter que depender de nada nem ninguém. Apenas eu própria.
Replecta de amor para dar e partilhar, replecta de vontade de ser Feliz com alguém que não tenha medos de se entregar a mim, mas também cheia de força de estar simplesmente comigo própria até ao dia em que essa pessoa aparecer.

E esta música, é perfeita para o que sinto agora :)

Obrigada a todos os meus amigos que têm sido tão preciosos...
*
Um beijinho especial a vocês :)


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Baba Nam Kevalam

http://vimeo.com/6157840 Ouçam a musica deste vídeo...


Recentemente conheci a Meditação.

Veio até mim através da minha vontade em ser voluntária da AMURT, organização internacional de apoio aos mais desfavorecidos. A AMURT está ligada a um "conceito" chamado Ananda Marga que preza a Meditação como um ponto fulcral para o equilibrio de cada um na terra. Para que possamos dar mais aos outros, precisamos de estar em equilibrio conosco.


Esta música que agora ouvem é a música que os Ananda Marguiis (pessoas que seguem a meditação da Ananda Marga) cantam durante 20 a 30 minutos antes de iniciar a meditação. A música ajuda a mente a concentrar-se, a deixar para fora os maus pensamentos e a encontrar um ponto de equilibrio.

Tem sido importante estes passos de bébé que tenho dado em direcção ao meu encontro. Ao encontro da pessoa interior que existe em mim, em direcção à minha alma.

Hà um ano atrás iniciei o meu percurso para a minha alma quando entrei naquele avião rumo à india... O meu blog chama-se "Martha in India - A journey towards my soul...". Na Índia dei os primeiros passos na descoberta do que quero ser e fazer na vida, mas depressa percebi que foram apenas os primeiros passos.

Este ano a minha vida pareceu quase como que um viagem de montanha russa estragada (não sei se conseguem visualizar o que isso é). Perdi-me um pouco do meu caminho mas foi preciso ir até aos sítios mais tristes em mim para crescer, compreender algumas coisas e principalmente perceber a importância que a minha alma tem na minha vida. A minha alma passou a ser o que mais importa e encontrá-la, percebê-la, conhecê-la na integra passou a ser o caminho certo para o meu bem estar.

Num momento em que tudo desmoronou apareceu a Meditação, o Prama (sítio onde pratico), as pessoas que lá conheci, Dadas e Didis (monjes e monjas) e também os meus novos amigos e companheiros de meditação, Nishita, Sílvia... e tantos outros que se juntam a nós.

Tem sido 1 passo importante para mim... Saber parar, sentir... acalmar... Os meus nervos andavam à flor da pele. Acalmar... :) Acalmar a alma... :) Respirar... Suspiro...


Sinto-me agora com uma grande perda cá dentro é verdade... mas sei que esse sentimento está lentamente a desaparecer... E que a meditação me tem ajudado a encontrar um ponto de equilibrio em mim, sentir paz e amor em todo o meu torno, sentir que tudo tem a sua razão de ser, e que o destino sabe para onde me está a levar.


É tudo uma questão de entrega. Entreguem-se a vós...

Baba Nam Kevalam.



Letting go

"- Acreditava mesmo que o David era a minha alma gémea.

O meu amigo do ashram, Richard, respondeu:

- Provavelmente era. O teu problema é que não compreendeso que significam essas palavras. As pessoas pensam que uma alma gémea é o par perfeito e é isso que toda a gente quer. Mas uma verdadeira alma gémea é um espelho, uma pessoa que te mostra tudo aquilo que te retém, a pessoa que faz com que te centres em ti mesma para que possas mudar a tua vida. Uma verdadeira alma gémea é provavelmente a pessoa mais importante que alguma vez conhecerás porque deita abaixo as tuas defesas e desperta a tua consciência. Mas viver com uma alma gémea para sempre? Não. É demasiado doloroso. As almas gémeas entram na nossa vida para nos revelerem uma outra camada de nós mesmos e depois vão-se embora. E graças a Deus que assim é. O teu problema é que não consegues esquecer esta. Acabou. O objectivo do David era dar-te um abanão, levar-te a abandonar um casamento que tinhas de pôr fim, destroçar um pouco o teu ego, mostrar-te os teus obstáculos e vicios, abrir-te o coração para que pudesse entrar uma nova luz, deixar-te tão desesperada e descontrolada que tinhas de transformar a tua vida, depois apresentar-te à tua mestra espiritual e pôr-se a andar. Era esta a sua missãoe saiu-se lindamente, mas agora acabou. O problema é que não consegues aceitar que essa relação tenha tido uma vida tão curta. És como um cão no meio do lixo, querida - estás a lamber uma lata vazia, a tentar tirar mais comida lá de dentro. E se não tiveres cuidado, podes ficar com ela entalada no focinho e dares cabo da tua vida. Por isso, larga-a"

- Mas eu amo-o.

- Então ama-o.

- Mas sinto a falta dele.

- Então sente. Transmite-lhe o teu amor e luz cada vez que pensas nele e depois esquece-o. Só receias deixá-lo ir totalmente porque nessa altura ficarás mesmo sozinha, e tens um medo de morte do que irá acontecer se ficares sozinha. Mas o que tens de perceber é que se limpares todo o espaço da tua mente que estás a usar neste momento com essa obsessão, ficarás com um espaço vazio, um ponto aberto - uma passagem. E advinha só o que o universo irá fazer com essa passagem. Vai entrar por aí dentro, Deus irá entrar por aí dentro, e encher-te com mais amor do que alguma vez sonhaste. Portanto, pára de usar o David para tapar essa passagem. Deixa-o ir embora."

Elizabeth Gilbert in "Comer, Orar, Amar"



(Música para este post: http://www.youtube.com/watch?v=l3b2k08f3b8 )

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Encontrei-me em forma de legume!

Se fosse um legume seria uma Beringela!
A beringela é encontrada em quase todo mundo. Além de ser versátil na cozinha, é saudável, nutritiva e saborosa.
That's me! :D

terça-feira, 22 de junho de 2010

"(...) tivera muito tempo para formular as minhas opiniões sobre a divindade desde aquela noite no chão da casa de banho quando falei directamente com Deus pela primeira vez. Contudo eu nao estava interessada em desenvolver os meus pontos de vista sobre teologia. Estava apenas interessada em salvar a minha vida. Tinha finalmente percebido que chegara a um estado de desespero capaz de ameaçar a minha integridade física, e ocorreu-me que às vezes as pessoas nesses estado pediam ajuda a Deus. Creio que tinha lido isso algures num livro.
Falei com o criador do Universo como se tivessemos acabado de ser apresentados numa festa.
"Desculpa incomodar-te a esta hora da noite. Mas estou em grandes apuros. Desculpa nunca antes ter falado directamente contigo, mas espero nunca ter deixado de expressar a minha gratidão por todas as bençãos que me concedeste. (...) Preciso de uma resposta, porfavor, diz-me o que fazer. Porfavor, diz-me o que fazer...."
Repeti esta frase vezes sem conta, não sei quantas vezes implorei, só sei que fiz como alguém que implora pela própria vida. E o choro continuou indefinidamente. Até que parou de forma um pouco abrupta. E notei que já não estava a chorar. Levantei a testa do chão e sentei-me surpreendida, perguntando-me se veria agora o Grande Ser responsável por aquele feito. Mas não havia ali ninguém na casa da banho. Estava sozinha, mas não verdadeiramente sozinha. Estava rodeada por algo que só consigo descrever como uma pequena bolsa de silêncio - um silêncio tão raro qe eu nem queria respirar, com medo de o afastar. Sentia-me absolutamente tranquila. Não conseguia recordar-me de alguma vez ter sentido tamanha tranquilidade.
Depois ouvi uma voz, (...), a voz disse "Volta para a cama, Liz".
Respirei.
Tornou-se imediatamente óbvio que era a única coisa a fazer. A verdadeira sabedoria dá a única resposta possível em cada momento, e voltar para a cama era a única resposta possível naquela noite. Volta para a cama, porque não precisas de saber a derradeira resposta neste momento, às três da manhã de uma quinta-feira de Novembro. Volta para a cama, porque a única coisa que precisas de fazer para já é descansar e tomar bem conta de ti até saberes a resposta. Volta para a cama para, quando a tempestade voltar, estares suficientemente forte para lidares com ela. Volta para a cama, Liz.
Se tivesse tido forma de saber que as coisas iam ficar muito piores antes disso acontecer, não sei se teria conseguido dormir muito naquela noite. Mas sete penosos meses depois deixei mesmo o meu marido.
Passaram-se meses. A minha vida parecia suspensa no limbo enquanto aguardava pela libertação e pelas condições da mesma. Viviamos separados (ele tinha-se mudado pra o nosso apartamento em Manhattan), mas não estava nada resolvido. (...)
Depois, surgiu o David.
Todas as complicações e traumas daquele terrível divórcio foram multiplicados pelo drama do David, o homem por quem me apaixonei quando terminei o meu casamento. Disse que me apaixonei pelo David? O que eu queria dizer era que saí do meu casamento e mergulhei nos braços do David exactamente da mesma maneira como nos desenhos humorísticos um artista de circo mergulha de uma plataforma alta directamente num pequeno balde de água, desaparecendo completamente. Agarrei-me ao David para fugir do casamento como se ele fosse o último helicóptero a sair de Saigão. Depositei nele todas as esperanças de salvação e felicidade. E sim, é verdade que o amava. Mas se conseguisse pensar numa palavra mais forte do que desesperadamente para descrever a forma como o amava, usá-la-ia aqui, e o amor desesperado é sempre a forma mais penosa de amar.
Assim que deixei o meu marido, fui logo viver com o David. Ele era e é um belo homem. Natural de Nova Iorque, actor e escritor, com aqueles enormes olhos castanhos e húmidos, que sempre me perturbaram. Expedito, indepentende, vegetariano, desbocado, espiritual, sedutor. O defesa novato e atraente eleito por Deus. Maior do que a vida. Maior do que o grande. Ou pelo menos, era assim que eu o via. A primeira vez que a minha amiga Susan me ouviu falar dele, viu num relance febre que se apoderava do meu rosto e disse:
- Oh meu Deus querida, estás metida em apuros!
No amor desesperado é sempre assim não é? No amor desesperado, inventamos sempre a maneira de ser dos nossos parceiros, exigindo que sejam aquilo que precisamos e sentindo-nos depois desolados quando eles se recusam a representar o papel que lhes destinámos.
Mas a verdade é que passámos bons momentos juntos durante aqueles primeiros meses em que ele ainda era o meu herói romântico e eu a personificação do seu sonho. Havia excitação e compatibilidade a rodos, ao ponto de inventarmos a nossa própria linguagem. Faziámos viagens reais e imaginárias. Subíamos ao topo de umas coisas, nadávamos até ao fundo de outras, planeávamos as viagens que faríamos pelo mundo fora. Divertiamo-nos mais enquanto estávamos na fila da Direcção Geral de Viação do que a maioria dos casais em plena lua-de-mel. Traçámos objectivos, fizemos votos, promessas e jantámos juntos. Ele lia-me livros e lavava a minha roupa. (A primeira vez que isto aconteceu, telefonei à Susan para lhe contar aquela maravilha, como se tivesse acabado de ver um camelo a usar uma cabina telefónica. Disse-lhe "Um homem pôs a minha roupa a lavar! E até lavou à mão a roupa delicada!" e ela repetiu "Oh meu deus querida, estás mesmo em apuros!").
O meu primeiro verão com o David parecia uma montagem das cenas apaixonadas de todos os filmes românticos, desde o salpicar da rebentação do mar à corrida de mãos dadas pelas planícies douradas ao pôr do sol. Nessa altura ainda pensava que o meu divórcio podia correr bem, embora tivesse concedido uma trégua ao meu marido durante o verão para termos ambos tempo para arrefecer os ânimos. De qualquer forma, era muito fácil não pensar naquela perda no meio de uma felicidade tão grande. Depois, aquele verão (também conhecido por adiamento da realidade) terminou.
A 9 de Setembro de 2001, encontrei-me frente a frente com o meu marido pela última vez, não percebendo que quaisquer futuros encontros precisariam de ser mediados por advogados. Jantámos num restaurante e eu tentei falar sobre a nossa separação, mas não fizemos outra coisa senão discutir. Ele disse-me que eu era uma mentirosa e uma traidora, que me odiava e que nunca mais me dirigiria a palavra. Duas manhãs depois, acordei após uma noite de sono agitado para descobrir que aviões sequestrados por piratas do ar tinham enbatido nos dois edíficios mais altos da minha cidade, ao mesmo tempo que tudo aquilo que outrora fora considerado invencível estava agora transformado numa avalancha de escombros. Telefonei ao meu marido para me certificar que ele estava bem e chorámos juntos aquele desastre, mas não voltei para ele. Durante essa semana, quando toda a gente da cidade de Nova Iorque punha de lado a animosidade em defesa por tão grande tragédia, ainda assim, não voltei para o meu marido. Foi dessa forma que soubemos que estava tudo definitivamente acabado entre nós.
Não é um grande exagero da minha parte se vos disser que não dormi nos quatro meses seguintes.
Pensava que já antes tinha ficado desfeita, mas nesse momento (em sintonia com o aparente colapso do mundo inteiro) a minha vida desmoronou por completo. Estremeço ao pensar naquilo que fiz o David passar durante os meses em que vivemos juntos, logo a seguir ao 11 de Setembro e à minha separação. Imaginem a sua surpresa ao descobrir que a mulher mais feliz e confiante que alguma vez conhecera não passava afinal de um poço de dor insondável. Mais uma vez, não conseguia parar de chorar. Foi nesta altura que ele começou a recuar, e também foi aí que vi o outro lado do meu herói romântico: um David solitário como um náufrago, frio e que precisava de mais espaço do que uma manada de bisontes americanos.
Provavelmente este súbito retrocesso emocional de David teria sido uma catástrofe para mim, mesmo nas melhores circunstancias, já que eu sou a forma de vida mais afectuosa do planeta (uma espécie de cruzamento entre um golden retriever e um ganso selvagem), mas aquelas eram as piores circunstancias. Estava abatida e dependente , a precisar de mais cuidados do que trigémeos prematuros. O seu afastamento só contribuiu para me deixar mais carente, e este meu estado só fazia com que ele se afastasse ainda mais. Não passou muito tempo até que ele o fizesse sob o fogo cerrado dos meus apelos chorosos: "Onde vais? O que nos aconteceu?!"
(Dica amorosa: os homens ADORAM isto.)
A verdade é que me tinha viciado no David (em minha defesa, devo dizer que ele tinha fomentado isso, sendo uma espécie de homem fatal), e agora que a sua atenção começava a vacilar, estava a sofrer as previsíveis consequências. O vício é característico de todas as paixões. Começa sempre quando o objecto de adoração nos administra uma dose de alucinogénia de algo que nem sequer nos atrevíamos a admitir que queriamos, por exemplo, uma dose de amor tempestuoso e excitação ruidosa. Em breve, começamos a ansiar pela atenção intensa, com a ávida obcessão de qualquer drogado. Quando a droga é cortada, ficamos imediatamente nauseados, loucos e vazios (para não falar no rancor contra o traficante que encorajou aquele vício, mas que agora se recusa a fornecer o material, apesar de sabermos que ele o tem escondido algures porque costumava dá-lo de graça). A fase seguinte encontra-nos escanzelados e trémulos numa esquina, com a única certeza de que venderiamos a alma ou assaltaríamos os vizinhos só para ter aquela coisa mais uma vez. Entretanto, o objecto da nossa adoração sente agora repulsa por nós. Olha-nos como se fossemos alguém que nunca tivesse visto antes, muito menos alguém que tivesse amado outrora com grande paixão. O que é irónico é que é dificil censurá-lo por isso. Basta olharmos para nós e ver aquilo em que nos tornámos, uns seres patéticos que até nós próprios temos dificuldade em reconhecer.
É isso mesmo. Chegámos agora ao último destino da paixão: a inexorável perda da auto-estima.
O facto de hoje conseguir escrever calmamente sobre isto é a prova de que o tempo tudo cura, pois na altura não consegui aceitar tão bem as coisas. Perder o David logo depois de ter posto fim ao meu casamento e logo depois do terror que assolara a minha cidade e precisamente no periodo negro do divórcio, bem...era demasiado para mim.
Eu e o David contiuámos a ter momentos de grande divertimento e compatibilidade durante o dia, mas à noite, na cama, tornei-me na única sobrevivente de um Inverno nuclear enquanto ele se afastava visivelmentede mim, um pouco mais cada dia, como se fosse portadora de uma doença infecciosa. Acabei por recear a noite como se fosse a cave de um algoz. Deitava-me ao lado do belo corpo adormecido e inacessível de David e entrava numa espiral de pânico de solidão, cheia de pensamentos suicidas meticulosamente pormenorizados. Doía-me o corpo todo. Sentia-me como uma espécie de máquina com molas, suportando uma tensão muito superior à projectada, prestes a explodir e a pôr em risco quem estivesse ali por perto. Imaginava as partes do meu corpo a saltarem do meu tronco, na tentativa de escaparem ao vulcão da infelicidade em que me tornara. Quase todas as manhãs, ao acordar, o David dava comigo a dormir no chão, ao lado da cama, aninhada num monte de toalhas turcas, como um cão.
"O que foi agora?, perguntava ele. Mais um homem que eu conseguira deixar totalmente esgotado.

Oh, mas nem tudo foi mau durante esse tempo...
Como Deus não nos bate com uma porta na cara sem primeiro abrir uma janela, aconteceram-me algumas coisas maravilhosas à sombra de toda essa mágoa. Por um lado, comecei finalmente a aprender italiano. Além disso conheci uma guru indiana. Por fim, fui convidada por um velho curandeiro a ir viver com ele na Indonésia.
Passo a explicar por ordem durante este livro...
As coisas começaram a melhorar um pouco quando saí de casa do David, no início de 2002, e me mudei pela primeira vez na vida para um apartamento MEU. Pintei as paredes com as cores mais quentes que consegui encontrar e comprava flores todas as semanas, como se fosse visitar-me a mim própria ao hospital. A minha irmã ofereceu-me uma botija de água quente para a casa nova (para não de ficar sozinha numa cama fria) e eu dormir com aquilo encostado ao coração todas as noites, como quem cuida de uma lesão desportiva.
O David e eu tinhamos rompido definitivamente. Ou talvez não. É dificil lembrar-me agora do número de vezes que rompemos e voltámos a juntar-nos ao longo desses meses. Mas havia um padrão: eu separava-me do David, recuperava a força e a confiança, e depois (atraído como sempre pela minha força e confiança) a sua paixão por mim reacendia. De forma respeitosa, sóbria e inteligente, discutiamos a possibilidade de tentar novamente, sempre com algum plano para minimizar as nossas aparentes incompatibilidades. Estávamos tão empenhados em resolver as coisas... Como é que duas pessoas tão apaixonadas podiam deixar de ter um final feliz? Tinha de funcionar . De novo reunidos e esperançosos, partilhávamos alguns dias de uma felicidade delirante. Às vezes até mesmo semanas. Mas o David acabava por recuar uma vez mais e eu prendia-o (ou eu prendia-o e ele recuava - nunca percebemos como se desencadeava a situação) e eu acabava novamente destruída. E ele acabava por ir embora.
Mas durante os períodos em que estávamos separados, lá ia praticando a arte de viver sozinha, por mais difícil que fosse. E esta experiência estava a operar uma mudança interior. Começava a sentir que, embora a minha vida continuasse a parecer-se com um choque em cadeia durante a hora de ponta, estava à beira de me tornar independente. Quando não me sentia suicida em relação ao meu divórcio, ou suicida em relação ao drama com o David, ficava maravilhada com todos os compartimentos de tempo e espaço que iam aparecendo nos meus dias, durante os quais podia fazer a mim mesma esta pergunta radicalmente nova: O que queres fazer Liz? "

Elizabeth Gilbert in "Comer, Orar, Amar - As aventuras de uma mulher à procura de tudo em Itália, na Índia e na Indonésia"

Para todos nós que já vivemos tempos de grandes mudanças na vida, para todos nós que já sofremos por um grande amor (ou paixão), para todos nós que já sentimos cá dentro o desconforto de nem de nós próprios gostarmos bem, de nem mais nos reconhecermos...
E para todos nós que saímos dessa tristeza, superámos, lutámos, viemos a cima e continuámos um caminho mais fortes e mais inteiros.

(Música para este post, uma música de agradecimento a tudo na vida... Porque tudo faz parte, porque tudo nos ajuda a chegar um passo mais à frente em conhecimento, em encontrarmos o nosso verdadeiro Eu: http://www.youtube.com/watch?v=OOgpT5rEKIU )

segunda-feira, 21 de junho de 2010

The truthest Thing i've felt lately =)



=) Imaginar e Acreditar...
E desta forma conseguirás alcanção tão mais!
Meteres a tua imaginação a funcionar, pensares em algo totalmente diferente e descabido, começares a criar e acreditares com toda a tua força que terás sucesso.

Seres uma pessoa Empreendedora =)
Imagine + Believe ...
Gosto =)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

(Musica para este post: http://www.youtube.com/watch?v=CwEeGeLn1E4 )

Neste momento tenho uma caixa de texto em branco... (engraçado, já não é folha em branco mas sim caixa de texto em branco!). Quero escrever sobre 3 ou 4 assuntos diferentes.
Posso optar por escrever sobre aquilo que estou a sentir mais na pele, aquilo que me anda a fazer sofrer tanto ultimamente, aquilo que me anda a consumir e que preciso de mandar cá para fora. Mas seria apenas mais um post sobre essa dor, mais uma seca para vocês que me lêem, mais umas palavras gastas do meu coração que não me levarão a lado algum... Mas que de uma certa forma quero mandar para fora, para não as guardar sozinha cá dentro.
Tenho saudades do dia em que cheguei à India. Após uma viagem de avião longa (e para mim, assustadora) meti-me numa camioneta durante 5 horas a caminho da cidade onde ia passar 2 meses da minha vida. Onde ia pela primeira vez sentir o que é viver longe dos laços que sempre me foram tão importantes...que na realidade sempre me apertaram tanto e demasiado.
Tenho saudades desse dia porque nesse dia estava inteira. Amava e era amada inteiramente, estava como que uma espada na não pronta para o grande combate da minha vida, o grande teste. E no final, venci. Saí gloriosa daqueles dois meses... E aprendi tanto.
Já alguma vez tiveram pena de alguém? Aquele sentimento terrivel de olharem para alguem e verem que realmente aquela pessoa anda meia desiquilibrada, quase sentirem vergonha por ela,quase se sentirem mal da vossa vida até vos correr bem e a dela não, terem quase a certeza que dificilmente aquela pessoa alguma vez na vida voltará a encontrar o seu caminho real?
Eu ja senti isto por algumas pessoas. Já olhei para algumas pessoas à minha volta e senti esta pena. E posso-vos dizer que foi das piores coisas que já senti até hoje.
Pois hoje, agora, sinto ainda pior que isso... E está a ser definitivamente o PIOR sentimento que já tive até hoje: é que sinto que as pessoas à minha volta me olham dessa forma... Têm pena de mim. Uma pena quase sem solução.
Tenho-me tornado em alguem triste... Alguém que se perdeu... Alguém que deixou de ter a espada na mão para lutar e está cada vez mais a perder as próprias mãos para lutar... Ou será que isto é o que a tristeza momentânea me está a fazer sentir? Ou será que sou eu que tenho pena de mim e desta forma estou a passá-lo aos outros?
Não sei. Mas sabe e sente mal.
Acho que esta nova vida que estou a iniciar agora já me está a cansar...e ainda mal começou.
Pensando melhor, até gostava da minha vida passada... Tinha um pai que apesar de muito complicado, já fazia parte do meu dia a dia. Me tornava mais forte por me fazer defender quase diariamente dele. Tinha um namorado que me amava pelo que eu era...Ou talvez nunca tenha amado assim tanto, mas ao menos pareciamos felizes. Tinha um quarto desarrumado mas cheio de memórias... tinha uma mão cheia de força e esperança, tinha um carro partido aos bocados mas com história. Tinha uma conta no banco sem praticamente nada... mas que me desafiava. Tinha um peso maior por um lado... Mas um tão menor por outro. Já tinha aprendido a viver naquela vida.
Esta nova vida assusta-me... esta mudança. Que mudança tão grande... Julgo estar a ser a maior mudança na minha vida até hoje. Pai já não existe, e com ele foi também um grande problema mas também o meu maior adversário que acabava indirectamente por me tornar mais forte; namorado foi embora... deixando no ar palavras de amor mas também palavras de total indiferença e desrespeito; o carro foi para a sucata...destruido em mil bocados; o quarto tornou-se de repente num arém...branco, lindo de morrer, cheio de Paz... Uma conta no banco bem redonda, e os meus fins de tarde tristes no mestrado foram substituidas por tardes de meditação junto de pessoas especiais que tenho vindo a conhecer.
Tanta coisa mudou... E ainda não estou nada confortável neste mundo. Sinto-me com um pé atrás e outro à frente. Se querem que vos seja sincera, voltava hoje para trás sem pensar duas vezes. Na verdade, até era feliz.
Olho para este nova vida e identifico que de facto... até conseguia ser feliz aqui... Mas falta-me 1 coisa. O Amor. Sinto que dificilmente voltarei a amar como amei antes... E isso a mim transtorna-me.
Dizem que deverei agora amar-me a mim, encontrar-me a mim... Mas sabem... Apesar de querer muito também aprender a amar-me também a mim, percebi nos últimos dois anos que existem amores que valem por tudo o resto. Existem amores que fazem de tudo mais bonito, que fazem tudo, o bem e o mal, valer mais a pena. Quando temos do nosso lado um companheiro, um amigo, um verdadeiro amor com quem amamos adormecer e acordar... Tudo é absolutamente perfeito. Tudo faz muito mais sentido. Queria ter trazido o Amor comigo da vida passada para esta vida.... Mas compreendo que isso seria impossivel. Compreendo que tive que por um ponto final no capítulo passado para iniciar um novo capítulo... E quem sabe esse amor não volte, e não possamos terminar esta história juntos.
Pouco me importa o que digam, a pena que sintam, que pensem que "Ela está mesmo perdida...". Não estou. Sinto é pena de vocês, que provelmente nunca amarão como eu amei. Como eu amo.

Estou cansada deste post....
Ansiosa por me sentir feliz outravez.

O meu conceito de uma pessoa equilibrada com uma vida feliz


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Aquilo a que chamamos de "Solidão"

Música para este Post ( http://www.youtube.com/watch?v=nL49yZNE4yk )

Solidão tem sido ficar fechada dentro de mim mesma relativamente àquilo que está a significar para mim Perder-Te.
Tem sido saber que já quase ninguém em meu torno quer ouvir falar de Ti, que já se cansaram de ti, do quão me magoaste, da dor que agora me fazes sentir... Saber que sou a Única no meu lado do Mundo que ainda te ama da mesma forma.
Solidão tem sido adormecer contigo mas sem ti, acordar ainda mais contigo... mas saber que não estás aquí. Tem sido não conseguir chorar sozinha à noite porque supostamente já não faz sentido, porque supostamente já não vale a pena, porque dessa lado do Mundo as minhas lágrimas já não são merecidas, porque chorar por quem não me ama mais não é "suposto".

Solidão tem sido ter palavras guardadas, querer repetir o teu nome vezes sem parar, querer chamar-te, mostrar-te, partilhar contigo... E estares já desse outro lado do Mundo, inalcançável, já lá a frente...
Solidão tem sido nao ter fôlego para correr mais até ti. Tem sido sentir-me presa por cordas que me sufocam...

E o único conforto no meio de tudo isto, de todas as palavras, de todos aqueles que me têm amigavelmente dito que o caminho está para a frente... É saber o que vivemos. E saber que é impossível tudo aquilo se apagar assim... É saber que desse lado do Mundo, esse Amor ainda existe. Ainda que tudo em torno me diga que não.

Ainda te Amo*

terça-feira, 8 de junho de 2010

Amor Infinito





Conclusão a que tenho chegado: o tempo na realidade não muda grande coisa, quem muda somos nós. Nós, com forças que pensávamos já nem ter, com esperança que julgávamos ter desaparecido, ultrapassamos as mais diversas fases, boas e más.


E será que a vida não é apenas um aglomerado de situações diversas que vamos vivendo, dando tanta importância (às vezes desnecessária) às coisas, pensando que vai ser o acontecimento da nossa vida... E depois tudo passa. Tudo vai passando, vão vindo coisas novas que depois passam tambem.


O que procuramos então? Esta pergunta tem-se repetido constantemente na minha cabeça nos últimos tempos: o que estamos nós à procura, afinal?


Houveram dias nestes últimos meses em que a minha esperança pela vida se foi verdadeiramente abaixo... Penso até que essa esperança ainda não está totalmente de volta. Nem sei se voltará a estar durante os próximos tempos. Porque quando nos deparamos com algumas realidades, quando sentimos algumas dores tão intensas, decepcionamo-nos um pouco com a vida, com o sentido de estarmos aqui.


Dei por mim a reflectir sobre coisas que me magoavam tanto...cheguei a conclusões que retiraram totalmente a esperança que um ser humano pode ter em estar vivo... Como por exemplo: já pararam para olhar à vossa volta e repararem que tudo está feito para ajudar o humano a passar o tempo durante a sua passagem por este Mundo? A verdade é que estar vivo é quase a mesma coisa que um Domingo à tarde. O que fazemos? Ocupamos tempo. Por isso existe o cinema, a praia, os computadores, os jogos, os carros, os aviões, os desportos, a televisão, as pessoas que estão enfiadas num monitor na nossa sala para nos entreterem com séries de vidas idealizadas, sonhos inalcançáveis...


Será que estou a ser pessimista?


Será esta a verdadeira Eu? Não. Não é. Sou a "Eu" nova, após uma grande batalha do meu coração...Após ter amado tão verdadeiramente e ter-me saído tão frustradamente de umas mãos que estavam dadas e se romperam de repente.


A outra Eu, a Eu que ainda está viva, que ainda acredita num futuro melhor, vê o Amor como a solução para a verdadeira felicidade. Julgo ser no Amor partilhado que encontramos a pura felicidade. Julgo verdadeiramente que é para Amar que estamos neste planeta... E Amando, Amando-nos a nós próprios, Amando o outro, partilhando as nossas mãos entre todos e com todos chegámos à felicidade absoluta. Cinemas, barcos, carros, férias, viagens... tudo isso pouco importa se não for feito com Amor. Com um objectivo final de partilhar e criar amor em nós.


O Amor entre duas pessoas pode ser tão autênticamente a razão de uma vida.


Não julgo que fomos feitos para vivermos enquanto Independentes. Mas sim enquanto Pares.


Duas pessoas fazem mais que uma... Se ambas "baterem as palmas"... Como me diz um grande amigo "Uma mão nao bate palmas sozinha".


Amem, deixem-se entregar... Não tenham medo de se entregarem ao amor infinito. Parem um segundo, fechem os olhos, esqueçam todos os sons à vossa volta e sintam apenas aquele sítio no vosso cérebro que está em Paz profunda, em silêncio profundo. Entreguem-se a esse sítio e sintam o amor que lá está. Esqueçam a vossa maldade, o que têm feito de bom e de mau ultimamente, esqueçam as palavras, os sentimentos... afastem da vossa mente esses pensamentos que surgem de repente... Deixem-lhes passar... Digam-lhes que agora não têm mais alimento para lhes dar. Alimentem-se a vós e sintam o Amor infinito que existe em vós. Esse amor... Isso que estão a sentir, é a razão pela qual estamos nesta vida.


Não estamos aqui para ficarmos mais ricos a não ser que seja para partilhar essa riqueza (interior e exterior) com quem está sentado ao nosso lado, ou com quem está sentado do outro lado do Mundo. Cabe-nos a nós levatarmo-nos e fazermos algo mais por nós e por quem trazemos conosco: uma humanidade inteira.


Amor... O amor que sentimos pelo nosso parceiro é apenas uma pequena amostra daquilo que podemos dar, do que podemos ser. Amem-se...entendam-se...beijem-se, abraçem-se, falem do mal e decidam como viverão finalmente e apenas no bem. Desistir? Nunca.




Nunca desistam de um Amor que por momentos vos preencheu mais que qualquer outro momento até hoje na vossa vida. Desse Amor, não desistam.


E desse Amor a dois, transportem com as vossas mãos para as mãos de tanta gente que precisa também de viver e compreender esse amor... que precisa do vosso Amor, e que poderá aprender tanto convosco.




Amor Infinito.



Fotografia directamente da minha sala...

domingo, 6 de junho de 2010

Conhecido Desconhecido




Obrigada desconhecido.
Obrigada a ti... desconhecido, já conhecido. Desconhecido Conhecido que me apareceste à frente tão de repente mas que já conseguiste, quase sem palavras directas, meter-me a sonhar, voltar a ganhar esperança no meio do escuro em que estava a minha mente.
Chegaste a mim com essa luz...essa leveza de espírito, essa vontade de te entregares ao Mundo, de fazeres deste chão um chão mais seguro...
Nos teus olhos encontrei alguma parte de mim... Uma parte perdida, uma parte que se foi embora... Uma parte que amo. Que amo em mim, que já amei em alguém e que de repente me dá vontade de amar em ti...
Doi já não acreditar que um Amor ou uma Paixão poderá vir até mim em breve, mas alivia-me ver-te, olhar para ti e perceber que isso até pode ser uma possibilidade.
Não te conheço, não sei quem és, apenas conheço esse ténue sorriso... esses olhos reconfortantes, essas mãos seguras. Esse teu jeito, essa alegria contagiante que trazes contigo escondida por detrás de uma cortina ofuscada mas que fazes questão de partilhar à minima palavra…
Estás-me a fazer sonhar desconhecido… Estás-me a fazer pensar em ti ainda que nem te conheça.
Sinto que as nossas almas já se cruzaram em outros tempos… E esse olhar doce que cruzas com o meu, faz-me sentir completamente rendida e entregue à tua segurança, áquilo que me fazes sentir. Fazes-me sentir bem.
Quero-te mais perto… Quero chegar até ti…
Quero que me pegues na mão e me leves contigo para os teus lugares escondidos, para esse outro lado do Mundo onde te encontras e dás o teu calor a quem precisa, quero partilhar esse calor contigo, deixar-te abraçar-me, cuidar-me…
Com uma página branca diante dos meus olhos, encontro o teu rosto… Esperando que o meu caminho seja por aí. Pelo Teu caminho.
Não te conheço…Mas desejo-te… Que bom ter-te encontrado.
Viajante do Mundo, entranhaste-me a alma com apenas um olhar...




sexta-feira, 21 de maio de 2010

Voluntariado para conosco

1 da manhã...
Calor insuportável lá fora.
Começam a vir as lembranças de verão... Aqueles momentos que parecem únicos e que rapidamente se desvanecem para dias enfiados no escritório outravez.
Saudade... saudade de sentir o verão inteiro à minha frente... Aqueles 3 meses até começar outravez a escola.

Hoje, em conversa com uma boa e recente amiga, numa boa vista sobre Lisboa, apercebi-me de tanta coisa... Tanto que tenho sido e feito.
Dei por mim a pensar "Como me atrevo sequer a duvidar do quão fiz?"...

Ás vezes não somos amigos de nós próprios... Verdade?
Voluntariado para conosco.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Céu azul... Mar escuro

Se soubesses a dor...Se soubesses como me mata... Se soubesses como revolta ouvir-te repetir na imaginação dos meus ouvidos as tuas palavras... Que tão verdadeiras pareciam. Mas que tudo perderam.
Se soubesses... Se sentisses... Não fugias. Ficavas... Ultrapassavas comigo... Deixavas esse amor que sentes falar mais algo que o medo que te atormenta. Deixavas-te vir... Ficávas aqui.

Agora apenas sinto mágoa quando imagino os teus olhos, o teu rosto, as tuas mãos... Mágoa por teres deixado escapar o que tanto amavas... O que construimos juntos.

Nunca fará sentido na minha cabeça. Nao teres esperado por mim apenas porque estava aflita, sem fôlego para chegar perto de ti... Paravas, estendias-me a mão, e continuavamos caminho.

Céu azul... Mar escuro.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Pirar-me

Pirar-me da cabeça? Também! Pirar-me daquí! Deste sitio chamado Portugal, que tanto amo, por onde gosto tanto de passar, cheirar, provar... Mas que tanto me deixa a desejar.
Apetece-me pegar na minha essência. Nasci no sítio errado...
Ou simplesmente não existe no Mundo sítio certo para eu ter nascido. Sou um ser do Mundo, uma alma de todos os povos.

Quero as ruas atribuladas de Nova Iorque, as cores, as luzes, as buzinas, o glamour...

Quero o suor da América Latina, os daquiris (de fresa), os corpos juntos, a sensualidade de cada dia, a força de viver daquela gente...

Quero as mãos da India, a paz de espírito, o céu vermelho, os pés descalços, os sorrisos de esperança, os animais que se tornam companheiros...

Quero África, na sua plenitude... A fruta maravilhosa, a vulnerabilidade, a beleza das suas paisagens, quero aquela gente toda na minha mão para lhes cuidar, lhes dar o meu coração...

Quero o Mundo nas minhas Mãos.

Quero ser a minha essência...A Marta.
Marta que apenas a minha alma conhece...
Pirar-me daqui!

Sintam:
http://www.youtube.com/watch?v=VkqP3_Z6l8E

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Arrumações

Ontem estive a arrumar o meu quarto... Ou melhor, a destrui-lo.

Decidi mandar tudo para o lixo, desde cama a armário a roupas do século passado...

Quero iniciar uma nova fase da minha vida, um novo começo... E julgo que irá ajudar bastante conseguir finalmente criar um espaço onde me sinta em Paz. Um quarto daqueles que se entra e sente-se a boa energia no ar... Como as pessoas felizes têm! ( :P ) Também eu quero ser uma dessas pessoas "felizes" de quartos brancos e plantas verdes a enfeitar, como a menina que aparece no catálogo do IKEA. Ela até está a ler um livro em cima da cama... Ou seja... Ela é aquilo em que eu me quero tornar: Numa miuda que lê livros em cima da cama, num quarto branco, sem televisão e com plantas a enfeitar! :D Ok... Chega de atrofio (ás vezes sabe bem divagar).

Bem....voltando ao sumo deste post...

Arrumações.

Ontem nas arrumações do meu quarto dei por mim a arrumar-Te também a ti.

Quando dei por ela estavas enfiado num saco juntamente com os outras memórias da minha vida. De repente senti-te como apenas mais uma ideia criada na minha cabeça, mais um molho de papeis e memórias e sentimentos perdidos, nada mais que isso.

Fiquei com 1 nó na garganta o dia todo, e meia perdida entre o sorriso que de uma forma ou outra me está quase sempre estampado na cara mas que esconde a dor que muitas vezes vem cá dentro.

E se pararmos e pensarmos...quantos de nós já não arrumou pessoas na vida? Dentro de sacos ou caixas... algumas em caixas bonitas, com um label por fora a dizer "...". Porque simplesmente não existe outra coisa a dizer sobre certas memórias senão "..." ... reticências.

Ou será um ponto final? Sim. Estou ansiosa pelo dia em que vou saber enfiar-te numa caixa com um label por fora com um simples ponto final. . Ponto.


O mais engraçado é que se torna praticamente impossivel deitar as coisas fora... Coisas oferecidas, cartas escritas, momentos partilhados... Porque não pegamos nessas coisas e deitamos no lixo? Afinal de contas... a relação foi enviada para a reciclagem, porque não enviar os papeis e a catrefada de promessas para a reciclagem também? Teimamos em guardar aquelas malditas memórias que nos sugam... Talvez com alguma esperança de um dia vir a olhar para elas e sorrirmos. Sorrirmos confiantes... de que afinal de contas aquele que parecia um grande amor nao passou de mais uma fase na vida.

Acho que ainda te guardo num saco porque quero um dia espreitar e ver que afinal...nao significaste o Mundo como significas agora.


Rídiculo isto de amar o que não nos ama... Mas que boa a certeza de que irei amar novamente um dia o que me ama de volta.


Tenham um dia Feliz :) E arrumem.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

O numero 1


Prometo a mim mesma que irei tirar esta mesma foto mas comigo em personagem principal...
Afinal de contas porque não tentarmos tambem sermos nós as mulheres bonitas das fotografias sensuais? :)
Para breve!