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terça-feira, 8 de junho de 2010

Amor Infinito





Conclusão a que tenho chegado: o tempo na realidade não muda grande coisa, quem muda somos nós. Nós, com forças que pensávamos já nem ter, com esperança que julgávamos ter desaparecido, ultrapassamos as mais diversas fases, boas e más.


E será que a vida não é apenas um aglomerado de situações diversas que vamos vivendo, dando tanta importância (às vezes desnecessária) às coisas, pensando que vai ser o acontecimento da nossa vida... E depois tudo passa. Tudo vai passando, vão vindo coisas novas que depois passam tambem.


O que procuramos então? Esta pergunta tem-se repetido constantemente na minha cabeça nos últimos tempos: o que estamos nós à procura, afinal?


Houveram dias nestes últimos meses em que a minha esperança pela vida se foi verdadeiramente abaixo... Penso até que essa esperança ainda não está totalmente de volta. Nem sei se voltará a estar durante os próximos tempos. Porque quando nos deparamos com algumas realidades, quando sentimos algumas dores tão intensas, decepcionamo-nos um pouco com a vida, com o sentido de estarmos aqui.


Dei por mim a reflectir sobre coisas que me magoavam tanto...cheguei a conclusões que retiraram totalmente a esperança que um ser humano pode ter em estar vivo... Como por exemplo: já pararam para olhar à vossa volta e repararem que tudo está feito para ajudar o humano a passar o tempo durante a sua passagem por este Mundo? A verdade é que estar vivo é quase a mesma coisa que um Domingo à tarde. O que fazemos? Ocupamos tempo. Por isso existe o cinema, a praia, os computadores, os jogos, os carros, os aviões, os desportos, a televisão, as pessoas que estão enfiadas num monitor na nossa sala para nos entreterem com séries de vidas idealizadas, sonhos inalcançáveis...


Será que estou a ser pessimista?


Será esta a verdadeira Eu? Não. Não é. Sou a "Eu" nova, após uma grande batalha do meu coração...Após ter amado tão verdadeiramente e ter-me saído tão frustradamente de umas mãos que estavam dadas e se romperam de repente.


A outra Eu, a Eu que ainda está viva, que ainda acredita num futuro melhor, vê o Amor como a solução para a verdadeira felicidade. Julgo ser no Amor partilhado que encontramos a pura felicidade. Julgo verdadeiramente que é para Amar que estamos neste planeta... E Amando, Amando-nos a nós próprios, Amando o outro, partilhando as nossas mãos entre todos e com todos chegámos à felicidade absoluta. Cinemas, barcos, carros, férias, viagens... tudo isso pouco importa se não for feito com Amor. Com um objectivo final de partilhar e criar amor em nós.


O Amor entre duas pessoas pode ser tão autênticamente a razão de uma vida.


Não julgo que fomos feitos para vivermos enquanto Independentes. Mas sim enquanto Pares.


Duas pessoas fazem mais que uma... Se ambas "baterem as palmas"... Como me diz um grande amigo "Uma mão nao bate palmas sozinha".


Amem, deixem-se entregar... Não tenham medo de se entregarem ao amor infinito. Parem um segundo, fechem os olhos, esqueçam todos os sons à vossa volta e sintam apenas aquele sítio no vosso cérebro que está em Paz profunda, em silêncio profundo. Entreguem-se a esse sítio e sintam o amor que lá está. Esqueçam a vossa maldade, o que têm feito de bom e de mau ultimamente, esqueçam as palavras, os sentimentos... afastem da vossa mente esses pensamentos que surgem de repente... Deixem-lhes passar... Digam-lhes que agora não têm mais alimento para lhes dar. Alimentem-se a vós e sintam o Amor infinito que existe em vós. Esse amor... Isso que estão a sentir, é a razão pela qual estamos nesta vida.


Não estamos aqui para ficarmos mais ricos a não ser que seja para partilhar essa riqueza (interior e exterior) com quem está sentado ao nosso lado, ou com quem está sentado do outro lado do Mundo. Cabe-nos a nós levatarmo-nos e fazermos algo mais por nós e por quem trazemos conosco: uma humanidade inteira.


Amor... O amor que sentimos pelo nosso parceiro é apenas uma pequena amostra daquilo que podemos dar, do que podemos ser. Amem-se...entendam-se...beijem-se, abraçem-se, falem do mal e decidam como viverão finalmente e apenas no bem. Desistir? Nunca.




Nunca desistam de um Amor que por momentos vos preencheu mais que qualquer outro momento até hoje na vossa vida. Desse Amor, não desistam.


E desse Amor a dois, transportem com as vossas mãos para as mãos de tanta gente que precisa também de viver e compreender esse amor... que precisa do vosso Amor, e que poderá aprender tanto convosco.




Amor Infinito.



Fotografia directamente da minha sala...

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