11 Janeiro 2011

Apeteceu-me escrever. A conexao da internet aqui no trabalho esta pessima e esta coisa de estar a espera que a internet volte irrita-me…
Ate podia tirar o meu livro da mala e ler umas paginas para fazer tempo mas preferi escrever.

Ontem tive a ler um blog que acompanho ja a algum tempo...Esta rapariga escreve no blog dela desde Janeiro de 2004... Foi engracado ver como e que ela pensava quando tinha a minha idade mais ou menos, e a forma como pensa agora nas coisas. Tambem ela teve o seu coracao partido, tambem ela stressou para encontrar aquilo que realmente queria fazer da vida, tambem ela passou por crises de identidade e fez tempestades num copo de agua e agiu como uma verdadeira drama queen em algumas situacoes...
Pois e, parece que nao sou a unica que tem os meus dramas por resolver e por questionar e por perceber... Todos os meus amigos com quem falo estao a ultrapassar exactamente esta mesma fase... A fase em que nos definimos enquanto seres adultos, em que tentamos compreender o porque das coisas, em que nos revoltamos com esta questao de crescer e ser adulto e ter que tomar decisoes e assumir responsabilidades...

Achamos sempre que quando chegar a altura vamos estar preparados, mas quando a verdade bate a porta fugimos a sete pes e queremos-nos esconder debaixo da cama como faziamos quando eramos pequeninos e deixar os “grandes” tomarem as decisoes.

Pois chega uma altura, em que nos vemos obrigados a tomar decisoes importantes e decisivas para nos. Em que conseguimos identificar exactamente o que podera correr mal...mas em que tambem conseguimos compreender o bem que esta decisao nos pode trazer. E ficamos ali...no limbo...baralhados...sem saber bem o que fazer. Sem a coragem para dar o passo em frente.
Desejamos que alguem magico venha a terra e que nos de a certeza de que tudo correra as mil maravilhas...mas obviamente essas personagens magicas dos nossos livros de crianca ja deixaram de aparecer nas nossas vidas...Afinal de contas, ja nao precisamos delas, e foram fazer parte de outras vidas que ainda precisam. Pois e... O coracao as vezes diz uma coisa... E a cabeca diz outra.

Ontem, enquanto meditava... abri os olhos e aconteceu algo que ainda nao tinha acontecido desde que estou em Nova Iorque. O sol estava bater directamente contra a minha janela... Uma frincha de sol entre os arranha-ceus...
Nesse momento da meditacao estava em total Paz... e o pensamento que me veio a cabeca quando abri os olhos para este sol que me ofuscava foi que nem sempre o que parece certo ou errado para todos, pode nao ser o certo ou o errado para nos proprios. Talvez o meu caminho seja mesmo diferente do dos outros... Talvez atirar-me de cabeca e coracao seja realmente a resposta para a minha felicidade em conjunto com outra pessoa.

E assim foi. Decidi que nao vou mais ouvir tao a serio o que todos tem para me dizer... e seguir o meu instinto. Porque na verdade... O meu instinto quase sempre bateu certo.